segunda-feira, 30 de maio de 2011

Falar bem: O que é isso ?

Falar bem é uma preocupação de profissionais de diversas áreas. Assim, nada melhor que ver linguistas, educadores e fonoaudiólogos (somente os terapeutas com formação em linguística) falando sobre o tema. Por que tais profissionais? Se não se conhece a dinâmica do funcionamento da linguagem, sua complexidade, cairemos no erro de pensar que falar bem é somente uma questão estética ou falar “sem erros de português”. Não é por acaso que no mercado há tantos livrinhos do tipo “fale bem hoje”, “aprenda a falar em público”. Não raras vezes, esses não passam de meras receitas; não apresentam os recursos que habilitam os que desejam aperfeiçoar o falar em público, não ensinam os meios para alguém aprender a defender seus argumentos ou apresentar suas ideias com clareza.

Vejamos um pedacinho da matéria “Desafio: falar em público” da  revista Nova Escola, editora Abril:
“A língua oral está organizada em gêneros (entrevistas, debates, seminários e depoimentos) [...]. Assim como não há um texto escrito sem propósito comunicativo, tampouco existe uma só maneira de falar. É preciso criar contextos de produção também para os gêneros do oral - em que se determinam quem é o público, o que será dito e como. (…) É necessário, portanto, ensinar a preparação de situações de comunicação oral com base num planejamento que requer quatro condições didáticas: orientação da pesquisa, discussão de modelos, análise de simulações ou ensaios e indicação de formas de registro (…)”.

Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em  cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá. 

De Primeiros cantos (1847)

Gonçalves Dias


Gonçalves Dias ressalta seu amor pela pátria que não deseja morrer sem antes retornar e ver seu país e conta em poucas linhas algumas das maravilhas achadas neste lugar maravilhoso chamado Brasil.

1° Missa no Brasil por Cândido Portinari e Vitor Meireles

Portinari no século XX quebra a visão harmônica e estabelece outro ponto de vista, a sociedade não tão harmonica, o caos simbólico entre Estado X sociedade, Igreja e poder e o multiculturalismo.

Portinari retrata a 1° missa de um modo muito organizado onde todos estão acomodados os barões de um lado e os índios ao fundo acompanhando admirados.



Pinturas: Vitor Meirelles (1ª missa) sec XIX (representação do ambiente harmônica)


Meireles retrata a missa de uma forma singela e muito harmonizada onde todos estão acomodados e os índios admirados.

Narradores de Javé



Sinopse:
Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que a cidade pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias.

Comentário:

O filme Narradores de Javé é interessante pelo simples fato dos moradores se prontificarem a salvar sua cidade apenas contando histórias.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Resenha Crítica – Filme DESMUNDO

O filme Desmundo retrata com fidelidade o período colonial brasileiro. Lançado em 2003, traz no elenco os atores Simone Spoladore, Osmar Prado, Berta Zemei, Beatriz Segall, Caco Ciocler e entre outros. Com a direção de Alain Fresnot e roteiro de Sabina Anzuategui, Anna Muylaert e do próprio diretor, baseado no livro de Ana Miranda.
A história passa em 1570, no Brasil colonial e conta a vinda de órfãs portuguesas ao país para desposarem com colonizadores que aqui viviam e mostra uma preocupação do Coroa para que não houvesse mistura de raças, entre os portugueses e as índias. Uma das jovens, Oribela (Simone Spoladore) por ser muito religiosa não aceita a imposição de ter que se casar. Mas é obrigada a casar com Francisco de Albuquerque (Osmar Prado), um homem muito rude.  Apesar das tentativas de fulga, revoltas contra o marido, envolvimento e fulga com Ximeno Dias ( Caco Ciocler) ela acaba tento um filho de Frabcisco e cumprindo suas obrigações quanto esposa ao seu lado.
Destaca-se no filme as locações, a caracterização dos personagens e a realidade mostrada. Proporcionando uma visão feminina sobre a colonização do Brasil, o domínio português sobre os índio e o poder da Igreja e da Coroa Potuguesa. Relata o início da história desse país, o português arcaíco, os costumes e a cotidiano daquela época. E a ótima interpretação de Simone Spoladore e Osmar Prado.
Sarah França Rocha, acadêmica do Curso de Letras do UniCEUB.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Quino, desiludido com o século....

Quino, o cartunista argentino autor da Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso o seu sentimento:



O artista faz críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.

sábado, 7 de maio de 2011

Debate Direito e Literatura

76° Programa
Obra:
Carta a El Rey D. Manuel, de Pero Vaz de Caminha
Exibição: 30/5/2010
Apresentação: Prof. Dr. Lenio Luiz Streck (IHJ)
Convidados:
Prof. Dr. Wálber Araujo Carneiro (Direito/Unifacs)
Profª Drª Maria do Carmo Campos (Letras/UFRGS)


Apresntaremos aqui a visão de Direito e Letras a cerca da Carta de Pero Vaz de Caminha.


Documento
Literatura
Profª Drª Maria do Carmo Campos (Letras/UFRGS)
Documento de alta importância que representa uma descrição do Brasil, por tudo que representou, gerou e que estão de alguma maneira fotografadas e a beleza da linguagem.

Prof. Dr. Lenio Luiz Streck (IHJ): (Documento Literário/Certidão de nascimento)

Direito
Prof. Dr. Wálber Araujo Carneiro (Direito/Unifacs)
Serve como prova de achamento do Brasil, tipo de estado, constituição.
Ela é direito no sentido de prova e na literatura no sentido de constituição do estado brasileiro.


Registro da História
Literatura
Profª Drª Maria do Carmo Campos (Letras/UFRGS)
Pero Vaz é o primeiro que faz o registro, organização dos fatos.
Visão do Brasil por comparação no sentido de costumes dos índios, suas cordialidades e a não violência dos índios no primeiro momento. A carta era um gênero utilizado para relatar uma natureza exuberante.

Prof. Dr. Lenio Luiz Streck (IHJ): (Estado de natureza (beleza), modo de se registrar o tratado de Tordesilhas).

Direito
Prof. Dr. Wálber Araujo Carneiro (Direito/Unifacs)
Tratado de Tordesilhas, terra abaixo da linha divisória.
Conseguimos perceber um estado, nomeação do estado, estabelecimento de um regime de propriedade, relação estado igreja (Laico x Cristão), riquezas que pertencem ao estado, registro de Apartheid (Portugueses x Europeus x Brasileiros nativos).
DNA do Brasil
Literatura
Profª Drª Maria do Carmo Campos (Letras/UFRGS)
Igreja x Estado
A 1° missa do Brasil por Vitor Meireles representa um ambiente mais ou menos harmônico. Já Portinari quebra a visão hedêmica e cria hierarquia por outros pontos de vista. A carta de Caminha é um documento gerador, que permite essas visões colocadas.
Prof. Dr. Lenio Luiz Streck (IHJ): (DNA do Brasil/ Modo de escrita)
Direito
Prof. Dr. Wálber Araujo Carneiro (Direito/Unifacs)
A carta só foi publicada quando houve a imprensa. Constituição já constituída, todo fundamento é teológico. Os índios tinham maior valor nas ferramentas do que na cruz que foi cortada. Não há um Deus que determine isso e nem uma razão que vamos viver dessa forma.

Simbologia
Literatura
Profª Drª Maria do Carmo Campos (Letras/UFRGS)
Passa por um lado simbólico que vai se desdobrando na literatura brasileira. Um viajante que chega e vê algo diferente daquilo que ele tinha pensado isso enriquece toda a sua percepção e canção do exílio retrata isso que sempre compara o Brasil com outro lugar.
Prof. Dr. Lenio Luiz Streck (IHJ): (Prenúncio de um Brasil extrativista olha de cobiça e o descuido do ambiente de forma dramática).
Direito
Prof. Dr. Wálber Araujo Carneiro (Direito/Unifacs)
A carta é uma marca da burocracia portuguesa que impera até hoje no Brasil, ordem econômica na presença do estado para retirar riquezas.

Constituição
Literatura
Profª Drª Maria do Carmo Campos (Letras/UFRGS)
Um Brasil que é visto e não que vê a si mesmo. Pintado de fora pra dentro cria-se uma visão de paraíso que não significa a beleza e sim a desgraça, miséria, fome. Lugar de produção econômica, um lugar cobiçado.
Prof. Dr. Lenio Luiz Streck (IHJ): ( Bom selvagem ).
Direito
Prof. Dr. Wálber Araujo Carneiro (Direito/Unifacs)
A festa dos 500 anos marcada pela brutalidade contra as manifestações que queriam transformar a festa numa reflexão desses 500 anos de Brasil. Brutalidade do estado.




Comentários Finais
Literatura
Profª Drª Maria do Carmo Campos (Letras/UFRGS)
Atribuição a outros.
O observar dos navegadores, piloto e olhar de terceiros.
Prof. Dr. Lenio Luiz Streck (IHJ): (Representa um DNA do Brasil).
Direito
Prof. Dr. Wálber Araujo Carneiro (Direito/Unifacs)
Vaz usava sua influência para livrar o genro de crimes.
O presidente (Lula) cria mais cargos comissionados que do Estado Unidos.